Cid Moreira: a voz que marcou gerações se cala aos 97 anos.
Ícone do telejornalismo brasileiro deixa um legado de profissionalismo e talento.
O Brasil se despede de uma das vozes mais emblemáticas da televisão: Cid Moreira, o lendário apresentador do Jornal Nacional, faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Cid estava internado há algumas semanas em um hospital na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando de uma pneumonia.
Uma vida dedicada ao jornalismo e à comunicação:
Cid Moreira deixa um legado incomparável para o telejornalismo brasileiro. Com sua voz grave e impecável dicção, ele conduziu o Jornal Nacional por 26 anos, apresentando o noticiário para milhões de brasileiros. Segundo o “Memória Globo”, ele teria apresentado o JN cerca de 8 mil vezes.
“A idade não é fácil, ela chega para todo mundo. […] Ele estava cansado, ele falava: ‘Tô cansado’. Os últimos anos foram difíceis”, relatou Fátima Sampaio, esposa de Cid, no programa “Encontro” desta manhã.
Uma trajetória brilhante:
Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, Cid Moreira iniciou sua carreira no rádio em 1944, o mesmo ano em que se formou em Contabilidade. Seu talento como locutor o levou a trabalhar em importantes emissoras de rádio em São Paulo e no Rio de Janeiro, antes de chegar à televisão em 1951.
Na TV Rio, Cid apresentou programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”, antes de ser contratado pela Globo em 1969.
O legado de Cid Moreira:
Cid Moreira se tornou sinônimo de credibilidade e profissionalismo no jornalismo. Sua voz marcante e seu estilo sóbrio e elegante marcaram época e inspiraram gerações de jornalistas.
O Brasil perde um ícone da comunicação, mas sua voz e seu legado permanecerão vivos na memória de todos nós.