Ilha recebe artistas de todo o Brasil e do mundo para celebrar a arte urbana e suas pautas sociais.

O Festival de Grafite Bahia de Todas as Cores transformou a ilha em um verdadeiro museu a céu aberto, reunindo artistas de 25 estados brasileiros e convidados internacionais.

O festival, que celebra a arte urbana e suas pautas sociais, conta com a participação de artistas indígenas, como a amazonense Wira Tini, descendente do povo Kokama, e Wamense, do povo Mura, que aborda em seu trabalho a luta das mulheres e dos povos indígenas.

“Acho que é importante a gente falar sobre artistas indígenas que vão estar presentes, artistas urbanos, como a Wamense, é uma artista do Amazonas, do povo Mura, que ela traz a pauta sobre mulheres, a pauta indígena dentro do trabalho dela. Isso é uma coisa muito legal”, destaca Wira Tini, uma das organizadoras do festival.

O festival também conta com a participação de artistas como Coelho, que aborda a temática trans em sua arte, e Samira Soares, artista da literatura e militante do movimento negro unificado, que apresenta as influenciadoras da Bahia.

A abertura do festival na Casa de Cultura Mirante do Solar teve a masterclass “Arte Urbana e Mídia Sociais”, com mediação da pesquisadora em Comunicação Digital Alana Gama. O festival também promove mutirões de pintura em comunidades, workshops em escolas públicas e shows.

“Quando a gente entra dentro de uma comunidade, a comunidade nos ensina muito também. E acaba que muitas vezes os donos das casas, os donos locais que a gente vai fazer esse trabalho, viram curador. Eles dão aquele palpite para os artistas, acabam transformando a sua arte em uma coisa mais local, onde os próprios moradores locais vão se sentir representado pelas obras”, explica Wira Tini.

O Festival de Grafite Bahia de Todas as Cores começou nesta quinta-feira (28) e segue até domingo (31) em Itaparica. Não percam essa oportunidade de vivenciar a arte urbana em sua forma mais vibrante e diversa!