Orquestras Afrobaianas: Música, Cultura e Resistência na Concha Acústica do TCA
Concerto gratuito marca o encerramento do Ponte Para a Comunidade com presença de orquestras de diversas comunidades afrobaianas
O dia 14 de novembro promete uma noite histórica na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador! O palco baiano recebe pela primeira vez o som vibrante de oito Orquestras Afrobaianas, fruto da iniciativa Ponte Para a Comunidade – Orquestras Afrobaianas, projeto da Casa da Ponte, liderado pelo maestro Ubiratan Marques. Com percussão, sopros e vozes, o evento apresenta orquestras que têm suas raízes nas comunidades afrobaianas, celebrando a diversidade cultural da Bahia. Para abrilhantar ainda mais o espetáculo, o show contará com a presença da Orquestra Afrosinfônica e do cantor Russo Passapusso.
No final da apresentação, cada orquestra será oficialmente entregue a parceiros icônicos da cultura afro-baiana, como Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Olodum, Malê Debalê, entre outros. E o melhor: a entrada é gratuita! Os ingressos estarão disponíveis a partir do dia 7 de novembro na plataforma Sympla.
Com direção de Ubiratan Marques, Filipe Cartaxo e Russo Passapusso, o concerto traz a força da Orquestra Afrosinfônica da Casa da Ponte, a primeira orquestra do gênero no país, que se tornará a base para um repertório rico e diversificado. “Esse projeto é um plano de manutenção para que as orquestras afrobaianas continuem vivas e ativas nas comunidades, oferecendo instrumentos e aulas que garantem o legado cultural”, conta Ubiratan.
Nesta edição, o Ponte Para a Comunidade atendeu 1,5 mil alunos em Salvador, oferecendo aulas de percussão afro, sopros, violão, canto coral e muito mais, ministradas por mestres como Mou Brasil (guitarra), Érica Sá (percussão) e Luciano Chaves (sopros). A iniciativa reforça que a música brasileira tem profundas raízes afro-indígenas e merece maior reconhecimento. “É preciso valorizar nossas raízes. Investimos milhões na cultura estrangeira, enquanto ainda falta incentivo para a nossa música. Imagine o poder transformador se investíssemos mais em orquestras com identidade brasileira”, destaca o maestro.